Lançado no Brasil em 2010, o motor 1.6 THP tornou-se um dos mais icônicos e reconhecidos da Peugeot e Citroën, marcando uma era de inovação e potência no mercado automotivo. Desenvolvido em parceria entre a BMW e a antiga PSA, esse motor turbo com injeção direta trouxe para o público brasileiro uma experiência de desempenho superior em diversos modelos das duas marcas francesas. No entanto, após mais de uma década de atuação, o 1.6 THP está prestes a se despedir definitivamente do Brasil, enquanto as montadoras se adaptam às novas exigências do mercado e às rigorosas normas ambientais.
O motor, que foi introduzido no Brasil com a primeira geração do Peugeot 3008, rapidamente se espalhou por diversos modelos da Peugeot e Citroën, como o 2008 e o C4 Cactus. Com potência de até 173 cv quando abastecido com etanol e 165 cv com gasolina, além de um torque robusto de 24,5 kgfm, o 1.6 THP ganhou notoriedade por oferecer uma combinação única de desempenho e eficiência. No entanto, o tempo não perdoa, e as novas regulamentações ambientais, como a fase L8 do Proconve, que entra em vigor em 2025, estão forçando as montadoras a optar por soluções mais sustentáveis.
A chegada de motores mais modernos, como o 1.0 turbo da Stellantis, agora presente na nova geração do Peugeot 2008, sinaliza a mudança inevitável. O Citroën C4 Cactus, por sua vez, já não é mais tão encontrado nas concessionárias brasileiras, com a produção focada principalmente na exportação. Esses fatores indicam que o 1.6 THP está perdendo espaço rapidamente, sem atender às novas normas de emissões e consumo exigidas no país. Além disso, com o foco da Stellantis em motores mais eficientes e tecnologias híbridas, recalibrar o 1.6 THP para o mercado atual não se mostra viável.
O fim do motor 1.6 THP no Brasil é, sem dúvida, um marco para os entusiastas que apreciavam sua performance e flexibilidade. Equipando não apenas modelos da Peugeot e Citroën, mas também da Mini e BMW, esse motor representou uma era de transição para o mercado automotivo nacional, sendo um dos primeiros motores turbo com injeção direta do país. Agora, no entanto, com a necessidade de atender a novos padrões e tecnologias, é hora de dizer adeus a esse ícone das estradas brasileiras.