No último dia 1º de outubro, a tragédia tomou conta do noticiário brasileiro com a morte de Marcela Gonçalves Feitosa de Melo, de 37 anos, em um acidente de carro em Brasília. Um laudo preliminar da Polícia Civil do Distrito Federal aponta que a causa da fatalidade pode estar relacionada a uma peça do airbag do veículo que ela dirigia. Esta situação levanta questões importantes sobre segurança automotiva e a responsabilidade das montadoras.
O acidente ocorreu em frente ao Terminal Rodoviário do Cruzeiro, onde Marcela colidiu na traseira de um carro parado em uma faixa de pedestre. Segundo o laudo, um fragmento do airbag atingiu a cervical da assistente social, levando a um desfecho trágico. O delegado Victor Dan, da 3ª DP, destaca que ainda são aguardados outros laudos do Instituto de Criminalística para confirmar a origem do fragmento que causou o ferimento. Este caso serve como um alerta: será que os proprietários de veículos estão realmente cientes dos riscos associados a recalls pendentes?
A montadora Toyota, fabricante do Etios XS 1.5, modelo 2015/2016, lamentou a perda de Marcela e informou que há uma campanha de recall pendente desde 2019. Esse recall se relaciona a airbags fabricados pela Takata, uma empresa japonesa que se declarou culpada de diversos problemas com seus dispositivos de segurança e acabou falindo. Até o momento, quase 2,5 milhões de carros no Brasil estão circulando com potenciais defeitos em airbags, revelando a urgência da situação. É fundamental que motoristas e proprietários de veículos verifiquem se seus carros estão entre os afetados.
Os airbags da Takata, utilizados em veículos de 17 montadoras entre 2001 e 2018, utilizam nitrato de amônio como composto químico para inflar o dispositivo. No entanto, em condições adversas de calor e umidade, esse material se torna altamente explosivo, podendo gerar partes projetadas dentro do veículo, colocando em risco a vida dos ocupantes. Além disso, a responsabilidade pelas campanhas de recall recai sobre as montadoras, que devem notificar os proprietários dos veículos. Essa situação levanta um ponto importante: a necessidade de conscientização sobre o recall, que é gratuito e sem prazo de validade.
O velório e o sepultamento de Marcela acontecerão no cemitério Campo da Esperança de Taguatinga, deixando duas filhas que agora enfrentarão a vida sem a presença da mãe. Essa tragédia é um chamado à ação para todos os motoristas: verifiquem se há recalls pendentes, pois a segurança nas estradas deve ser uma prioridade. Fiquem atentos e cuidem de seus veículos, pois a vida pode depender disso.